segunda-feira, 8 de agosto de 2011

AÇÕES POLICIAIS NA INGLATERRA E NO BRASIL - REFLEXÕES

Na ultima semana vários fatos relacionados à segurança pública, tanto no Brasil quanto no mundo foram constatados e merecem algum comentário para reflexão.
Na Inglaterra em decorrência de uma operação policial levada a efeito pela “poderosa” e famosa Policia Metropolitana de Londres a Scotland Yard que resultou num jovem baleado, houve protesto que iniciou pacificamente e passou a ter violentos confrontos com a mesma polícia. Ocorreram saques no comércio com “quebradeira” generalizada e ferimentos em várias pessoas (manifestantes e policiais) tendo como resultado a prisão de mais de 100 envolvidos. (http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5284351-EI8142,00-Scotland+Yard+defende+acao+policial+nos+disturbios+de+Londres.html)
Esse fato violento nos trás várias reflexões, pois lá também há violência com ações enérgicas por parte da polícia que é considerada uma das mais preparadas, equipadas, treinadas e bem pagas do mundo. Lá também há distúrbios de rua com confrontos violentos, saques, quebradeiras, incêndios dentre outras desordens trazendo várias consequências nocivas à dita paz social.
Isso mostra que atos violentos estão presentes em qualquer sociedade por mais organizada e culta que for. Cada vez mais fica evidente que Infelizmente a violência (não a criminalidade) é inerente ao ser humano.
 No Brasil, mais precisamente em São Paulo, dois fatos chamaram atenção e merecem um comentário particular à respeito.
O primeiro fato foi a morte de um jornalista em um supermercado durante a ocorrência de roubo a mão armada. A morte, segundo o que se sabe e foi divulgado pela mídia, deu-se não por ser o mesmo jornalista, mas sim porque ele teria sido “confundido” com um policial devido suas atitude na ocasião.
Isso demonstra que o simples fato de ser policial já é motivo suficiente para ser alvo certo por parte de bandidos durante suas ações marginais e, ainda, estampa o risco constante (mesmo em seus horários de folga e lazer) que os policiais sofrem e estão submetidos no cotidiano. Isso demonstra também que os policiais brasileiros estão entre as atividades de maior risco e que, só por isso, deveriam receber mais consideração do que atualmente geralmente recebem por parte da sociedade (e dos próprios governos), recebendo uma remuneração condizente com a atividade que exerce.
Outro fato, o terceiro e não menos importante, foi a morte (também em São Paulo) pela Policia Militar, de 06 (seis) indivíduos que estavam fortemente armados roubando um caixa-eletrônico localizado no interior de um supermercado os quais estavam em companhia de outros marginais. Nesta ocorrência a Polícia Militar teve a informação de que estava em andamento o referido roubo, realizou o cerco e durante a reação armada dos bandidos acabou matando seis deles e prendendo alguns outros, até porque alguns acabaram fugindo, evitando que se consumasse o referido roubo.
Este episódio não chamaria tanto atenção se não fossem os comentários de setores da mídia e de alguns representantes de organizações não governamentais interessados na polêmica pela polêmica, bem como, na inversão de valores, confundindo a própria sociedade. Dizem eles que “a ação policial no caso em tela tem que ser investigada” pois, como pode “a polícia agir com tanta violência já que nenhum policial resultou ferido”. Seria inadmissível sim se a Polícia Militar na ação não reagisse a altura e tivesse seus integrantes feridos como resultado. Aí sim teríamos, como sociedade, que refletir e questionar a ação. Não quero dizer com isso que não devesse ser apurada a ação, o que por certo será através do instrumento adequado (Inquérito Policial Militar) que posteriormente será submetido ao Ministério Público e à Justiça como tem que ser todas as ações policiais. O que não dá para aceitar é que falsos moralistas venham, antes de qualquer apuração complementar da ação policial, pré-julgar questionando a ação policial do bem agindo então em favor da ação marginal do mal. Isso tem que mudar no Brasil.
A lição que fica para reflexão é de que o mundo, seja onde for é violento pois é composto de seres humanos que explodem violentamente de tempos em tempos, trazendo mal à sociedade de bem. Fica também evidenciado que ser policial já basta para ser um alvo dos marginais e, finalmente, que é muito difícil fazer parte das forças policiais pois, parte da mídia e da própria sociedade prefere questionar suas ações do que aceitá-las e aprová-las.
Assim fica difícil ser feliz.

Um Grande e fraternal abraço a todos.

MARLON JORGE TEZA


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