Lamentável que a
primeira postagem do blog seja sobre um caso que chocou a capital dos
catarinenses, Florianópolis, com a manchete INTITULADA: “TURISTA GAÚCHA É MORTA
AO ENTRAR POR ENGANO EM COMUNIDADE DO NORTE DA ILHA, EM FLORIANÓPOLIS - http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2017/01/turista-gaucha-e-morta-ao-entrar-por-engano-em-comunidade-do-norte-da-ilha-em-florianopolis-9033609.html.
Por outro lado o lamentável fato criou a oportunidade para o debate necessário
no sentido de trazer à reflexão dos leitores pontos importantes, evitando dessa
forma que prevaleçam determinadas opiniões de alguns falsos especialistas, e
até mesmo de parte da mídia, que desinformada, se atreve a sentenciar sobre o que
é certo e o que é errado no caso em análise.
Sem entrar no
mérito e comentar sobre o local, (comunidade Papaquara) que segundo consta é um
local de urbanização desordenada com pouca presença do poder público dentre
outros fatores decorrentes de tal abandono, há algo, no entanto, que gostaria
de dedicar a presente postagem com ênfase, por considerar de suma importância.
Refiro-me ao que
todos da mídia e até de órgãos oficiais reconheceram que a comunidade de “Papaquara”
está sob a influência do tráfico de drogas. Até mesmo a Polícia Militar manifestou-se
exibindo estatística de operações policiais e prisões realizadas com certa frequência
recentemente na mencionada comunidade, demonstrando ser procedente tal
afirmação.
É justamente
sobre isso que gostaria de comentar e chamar a atenção: o tráfico de drogas
existente no local.
Se lá existe
tráfico de drogas é por um motivo bastante simples: é devido a existência de
grande demanda de usuários para alimentá-lo, proporcionando lucro e fazendo da
atividade ilícita um negócio atrativo e rentável.
O que a mídia e
até a sociedade reluta em comentar parecendo que há tabu a esse respeito, é que
só há traficante e crime em determinado local porque o usuário (ou viciado como
queiram chamar) compra a droga em pequenas porções no varejo, como já
mencionado, alimentando o crime e fornecendo recursos financeiros para compra
de armas, munições e mais drogas (no atacado), arma como aquela que matou a “turista
gaúcha” citada nas manchetes jornalísticas.
Outra questão
que a mídia insiste em NÃO mencionar (OU ESCONDER) é quem são esses usuários
imbecis que compram droga alimentando tráfico? Pois vou me atrever a sentenciar
que esses usuários são, na esmagadora maioria, da dita elite da sociedade que
possuem recursos (dinheiro) para adquirir a droga alimentando seu vício e o
próprio tráfico. Os tais usuários são sim estudantes, profissionais de diversas
origens e, principalmente os “filhinhos de papai”, aqueles de “papais” que
geralmente reclamam ações contundentes das polícias esquecendo-se, muitas vezes,
que são seus filhos, ou eles mesmos, que alimentam esses criminosos que mataram
a “turista gaúcha” e matam pessoas todos os dias.
Pura hipocrisia
reclamar somente da polícia, remetendo somente a ela: polícia, a resolução de
problema tão complexo e que atinge a todos indistintamente. Onde está a mídia e
a própria sociedade que não toma atitude no cotidiano para mudar tal situação?
A mídia deveria estar orientando adequadamente e valorizando as ações policiais
ao invés de ridicularizar os policiais desmotivando-os cada vez mais e a
sociedade participando das discussões, cuidando e educando seus filhos evitando
que seja um usuário e passe a alimentar, com sua “inocente” compra toda essa
escalada do crime e da violência.
Aliá sobre isso realizei postagem
neste blog sob o titulo: TRÁFICO DE DROGAS E SUA VIOLÊNCIA - O CULPADO É O
IMBECIL DO USUÁRIO E NÃO A POLÍCIA - http://marlonteza.blogspot.com.br/2013/01/trafico-de-drogas-e-sua-volencia-o.html
.
Enfim essa é a reflexão
que gostaria de trazer a baila, rogando que antes de realizar a crítica apenas às
instituições policiais quando ocorrem fatos similares decorrentes do tráfico de
drogas, realize uma avaliação geral e minuciosa sobre os fatos, suas causas, as
consequências e seus responsáveis. Fazendo isso, com certeza, estaremos todos colaborando
para o encaminhamento de resolução do problema e não alimentando discussões
intermináveis sem chegar a lugar algum.
Bom ano de 2017 a todos.
MARLON JORGE TEZA