É uma pergunta
que merece considerações para tentar entendê-la. É o que tentarei brevemente
discorrer, muito embora penso não consiga responder.
Todos sabemos
que as Polícias Militares possuem sua origem há quase dois séculos (com exceção
da PM mineira, do Rio de Janeiro e do DF
que já atingiu mais de dois séculos), sendo reconhecidamente a polícia mais
antiga em nosso País, bem como, aquela que primeiramente atingiu dignidade
constitucional.
Desde sua
criação as Polícias Militares prestam serviço a sociedade, embora inicialmente
de maneira mais tímida devido suas limitações. Suas ações em prol da ordem
pública são expressivas e na maioria das situações demonstra ser uma
instituição imprescindível à paz social.
Não é atrevimento
nenhum mencionar que a Polícia Militar foi, ainda é e será por muito tempo em
muitas localidades de nosso imenso território brasileiro, uma das únicas (onde
não é a única) presença visível do Estado, atuando, muitas vezes, o PM
individualmente como mediador dos conflitos comunitários funcionando de certa
forma como: juiz; pastor; padre; orientador; etc, etc.
Também
há necessidade de mencionar que a PM é uma instituição posta ás ruas em tempo
integral, 24 horas por dia, 7 dias por semana, podendo ser acionada
pessoalmente, por telefone (gratuitamente), através das mídias sociais ou
qualquer outro meio para situações de quebra de ordem (aí não incluindo somente
os delitos, mas qualquer situação de necessidade da população), contando com
profissionais com regime especial de trabalho com dedicação exclusiva postos à
disposição da sociedade.
Para
melhor esclarecer, esse profissional em vários Estados para o ingresso na
instituição lhe é exigido nível superior para o ingresso no nível inicial e para
Oficiais formação superior em direito (bacharel em direito) com carga horária
superior (e muito superior) a formação de qualquer profissional de segurança
pública, contando com aperfeiçoamento constante e necessário, inclusive, para a
progressão na carreira.
Evidentemente,
alguns podem dizer: mas a instituição (através das ações de seus integrantes)
também erram. É verdade e claro que erram. Erram como todo ser humano em
qualquer atividade que exerce, muito mais numa atividade de risco que trata no
cotidiano com pessoas que praticam (ou desejam praticar) em suas ações o mal
para outras pessoas.
O que
entristece, no entanto, é que a pergunta realizada anteriormente: POR QUE TANTO
ÓDIO DA POLÍCIA MILITAR ? – não é respondida.
Ao contrário, o que vemos é uma
campanha continuada de ódio para com a Polícia Militar por parte da mídia, por
parte considerável da sociedade e por autoridades em vários níveis, pregando
sua simples desmilitarização, ou seja, sua extinção sem considerar nenhuma das
razões apresentadas.
A mais recente
manifestação repercutida pela mídia foi da Presidente da República que disse,
referindo o que fará e defenderá se reeleita: “defenderá a desmilitarização da polícia”, como se: ser militar
para um profissional fosse uma espécie de doença, esquecendo-se que os países
mais evoluídos do mundo possuem suas polícias com investidura militar aos
moldes da Polícia Militar brasileira.
(leia uma das
matérias):
O que mais
espanta é que em época de grandes eventos (copa do mundo por exemplo) onde as
Polícias Militares tiveram postura exemplar preservando a ordem tanto nos
locais de competição e, principalmente, em todos os centros urbanos, agindo
harmonicamente em conjunto com outra forças de segurança, recebe do chefe do
executivo essa resposta desmerecendo e desconsiderando sua investidura de
militar.
As Polícias
Militares talvez sejam alvo destas constantes criticas e permaneça em
respeitoso silêncio, justamente pela sua investidura militar onde a obediência,
a moral, a ética, a estética e o culto aos símbolos (dentre outros) são
perseguidos cotidianamente. Gostaria de ver como ficaria a sociedade sem uma
Polícia Militar num país como o Brasil, onde impera a impunidade e o maldito
jeitinho devido uma legislação frouxa e equivocada, dentre outros males.
Fica a pergunta: POR QUE TANTO
ÓDIO DA POLÍCIA MILITAR?
Um abraço a todos
MARLON JORGEE TEZA
Sou Militar, gosto de ser militar, porém vejo que as instituições militares devem modernizar-se, começando pela sua estrutura, tornando-a mais horizontal e formando uma única carreira desde o soldado até o coronel a exemplo das empresas privadas que extinguiram níveis hierárquicos e fomentando a meritocracia dentro das instituições.
ResponderExcluirconcordo com tudo que o Sr. falou no texto, porém acredito que nós como uma instituição policial, não poderíamos ser regidos por um código igual o do exercito, um código que está totalmente defasado para a realidade brasileira, onde já se viu um policial ser preso por coisas pequenas e irrisórias, como bater um viatura, chegar atrasado, não concordar com o superior hierárquico e etc, quando no Brasil um Marginal nem sequer fica preso, pela disciplina isso? não isso é pelo poder! A Policia não deve ser desmilitarizada, porém a revisão de vários aspectos é mais que urgente, não atuamos em guerras, atuamos em defesa da sociedade a qual fazemos parte, somos diferentes, mas não deixamos de ser humanos. E o código Militar é desumano e desrespeitoso com os níveis inferiores, fere vários direitos que são garantidos pela constituição!
ResponderExcluirAcho que o verdadeiro problema está no ódio e na violência do próprio policial militar com a população dita "suspeita", por critérios subjetivos. Não estou falando de prisões em fraglante (embora, às vezes, também possam se encaixar). Estou falando de enquadramentos, de abordagens, de intimidações. Muitas vezes desproporcionais. Claro que a Polícia Militar não pode ter controle sobre todos os seus soldados. Mas para uma população de classe mais inferior, que cai em um esteriótipo x, é muito mais fácil sofrer de espancamentos a agressões. E a culpa, depois, ser jogada sobre o indivíduo "criminoso".
ResponderExcluirA lógica punitiva é uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo que "limpa" as ruas dos "bandidos", conduz um respeito a base do ódio e da violência. Inspira e seduz pelo mesmo, e incita a verdadeira guerra que vemos hoje. E muitos inocentes pagam por isso. E muitos são creditados como bandidos. Infelizmente não inspira confiança, mesmo que a Polícia enquanto instituição esteja na melhor das intenções.