Quem
está acompanhando a Copa do Mundo que está sendo realizada no Brasil deve, com certeza,
ter lido, ouvido ou assistido um fato inusitado ocorrido numa das partidas de
futebol entre a Itália e o Uruguai. Estou me referindo à mordida eu o jogador
da Seleção Uruguaia de nome Luis Suárez desferiu contra um jogador Italiano.
Como
constatado, também, todas as mídias divulgaram amplamente o fato justamente
para enfatizar que tal atitude não condiz com as regras do futebol e nem mesmo
com as regras de convivência da sociedade, e que merecia uma punição da FIFA,
entidade que promove a Copa do Mundo.
Intrigante,
porém, é que parte significante da mídia, inclusive a esportiva, jogadores de
futebol e até o presidente do país do atleta que anunciou ser ele um herói
nacional e vítima do capitalismo, quando anunciada a punição (de nove jogos oficiais
de futebol e quatro meses de banimento do futebol) saíram em defesa ao tal
jogador de futebol pregando que a punição é exagerada, etc, etc. Disseram
inclusive que o “coitado” do jogador poderia ter “prejuízo em sua carreira”,
como se o mesmo não possuisse condições de sobreviver, esquecendo-se dos
milhões, não de dólares mas de euros, que o mesmo já faturou lá na Europa. Uma
séria agravante é que o mesmo jogador é contumaz nas “mordeduras” durante jogos
de futebol e de atitude racistas que já lhe renderam punições.
Há
também aquela legião de “especialista” que justificam a atitude dele devido sua
infância “dura” com muita pobreza, etc. Outros tentam justificar que foi:
Impulso; acesso de raiva, resposta a muita pressão, dentre outras razões que
devem ser levadas em consideração.
Pois
bem o que tudo isso tem com os temas desse blog se aqui é tratado temas de
segurança pública?
Tem
muito haver com a segurança pública sim. Tentarei explicar.
A
mesma lógica que tenta explicar a atitude do jogador nunca é levada em conta
quando os policiais cometem atos contrários as regras legais ou regulamentares
da instituição policial.
Não
vejo, nestas situações, a mídia, os especialistas, as autoridades e parte da sociedade
levarem em consideração que o policial, este sim, pode agir por impulso, acesso
de raiva ou ainda tem certas atitudes em resposta a muita pressão, pois também
é um ser humano. Ao contrário há sempre,
aí sim, uma exagerada execração do policial, exigindo punição severa que geralmente
é traduzida na sua “prisão” (passando de mocinho a bandido” em frações de
segundo), ou então exigem sua “expulsão” sumária desejando não lhes permitir
nem mesmo o que o maior dos bandidos possui, que é o direito da ampla defesa e
do contraditório.
É
evidente que não se pode admitir eu policiais transgridam as leis e/ou regulamentos,
no entanto, o que gostaria de deixar claro é que o tal Luis Suárez obteve toda
a solidariedade e afagos como acima mencionado, enquanto a polícia e os policiais
não possuem o mesmo tratamento, nem de perto. Ao contrário as polícias e os
policiais são frequentemente ridicularizados e maltratados, não recebendo o
reconhecimento devido, aquilo que até um jogador de futebol indisciplinado que
não é exemplo para ninguém recebe.
O
que se deseja é, no mínimo, o mesmo tratamento e reconhecimento, somente assim
os policiais podem ter maior tranquilidade para trabalhar.
Um forte abraço a
todos.
MARLON JORGE TEZA
CONCORDO PLENAMENTE.
ResponderExcluirExcelente o artigo, realmente o policial não recebe nenhuma palavra de conforto ou apoio moral, por tal atitude, mas com certeza não deixa de ser punido, pela sociedade e principalmente por nossos comandantes, que só pensa em suas promoções e não enxerga nem se quer que muitas vezes o tal policial que infringiu uma Lei, possui comportamento excepcional em sua ficha e vai logo aplicando uma punição grave ou mesmo instaurando um Conselho de Disciplina, para expulsá-lo. Ten Lucenildo - PMPI.
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