Já faz algum
tempo que vemos em várias Unidades da Federação movimento de seus militares
(Polícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar) reclamando dos seus baixos
salários e das condições de trabalho em geral as quais estão aquém das reais
necessidades, fatos esses que são cobertos pela mídia nacional.
Refleti
muito e resolvi produzir a presente postagem no sentido de esclarecer e fazer o
leitor refletir sobre a situação, como já fiz em postagens anterioriores (ambas em fevereiro
de 2012) neste mesmo blog: “MOVIMENTO DE MILITARES ESTADUAIS X GOVERNOS
ESTADUAIS”,
http://www.marlonteza.blogspot.com.br/2012/02/movimento-de-militares-estaduais-x.html e "DICAS DE COMO CRIAR UM MOTIM/REVOLDA DE MILITARES ESTADUAIS http://www.marlonteza.blogspot.com.br/2012/02/dicas-de-como-evitar-um-motim-eou.html
http://www.marlonteza.blogspot.com.br/2012/02/movimento-de-militares-estaduais-x.html e "DICAS DE COMO CRIAR UM MOTIM/REVOLDA DE MILITARES ESTADUAIS http://www.marlonteza.blogspot.com.br/2012/02/dicas-de-como-evitar-um-motim-eou.html
Aliado a
manifestação dos militares dos Estados e do DF vemos também que policiais civis
e agentes penitenciários, também de várias Unidades da Federação realizaram e
realizam movimentos reivindicatórios intensos, além é claro no nível nacional,
de policiais federais e rodoviários federais.
Quanto a
movimentos reivindicatórios de militares todos sabemos também que existem
impedimentos legais e, quando há paralisação de atividades similares a greve e
a sindicalização, por motivos óbvios, é proibido (aos militares) inclusive pela
Constituição Federal, sendo, ainda, tipificado no Código Penal Militar como
crime (motim ou revolta conforme o caso).
Mas, aí
somos obrigados fazer a pergunta: então quais os motivos que levam os referidos
militares a iniciarem e participarem de tais movimentos se são proibidos
inclusive punidos como crime com penas consideráveis, arriscando suas carreiras
e “empregos”?
Atrevo-me a
tentar responder: é que em várias Unidades da Federação os governos não dão a
importância devida a estes profissionais lavando-os a medidas desesperadoras no
sentido de: em primeiro lugar alertar a todos (mídia, sociedade, autoridades,
etc) que o Estado deve prover melhores salários e condições de trabalho para
poderem levar mais segurança à sociedade; em segundo lugar forçar esse mesmo
governo a negociar, coisa que dificilmente o faz em condições normais.
Ainda quando
jovem Tenente (no início da década de 80) ouvi que o sindicato do militar é
(deveria ser) seu superior. Até concordo com a afirmação, no entanto, o
superior deve ser aquele, então, que realiza com veemência a reivindicação,
sendo esse superior militar em seus vários níveis ou o Governador como
Comandante em Chefe maior da Instituição Militar Estadual e do DF conforme
define o texto da Constituição Federal. Quando o superior não proporciona ou
não luta pelos seus subordinados o perigo do movimento se aproxima com graves
consequências.
Então,
quando o militar participa e organiza movimentos reivindicatórios ostensivos
colocando em risco, como já mencionado, sua carreira e o próprio “emprego”,
está no desespero e geralmente é sinal de que quem tinha que prover condições
dignas de salário e trabalho está falhando e não o está fazendo de forma
adequada.
Estamos
acompanhando pela mídia que cada vez mais a entidades representativas de
militares está se mobilizando tentando realizar aquilo que os governos teimam
em não fazer, não abrindo nem mesmo, na maioria das vezes, canais de diálogo
franco, aberto e permanente como já existem com Polícias de investidura militar
da Europa (citando o exemplo da Guarda Civil Espanhola, que é Militar, e possui
tal canal inclusive previsto em lei).
Aliás, neste
particular, é necessário mencionar que em alguns Estados isso está ocorrendo
(negociação sem movimentos reivindicatórios) com mais diálogo fazendo com que
as questões sejam resolvidas sem muitas consequências drásticas, tanto para os
militares quanto para a sociedade.
O que na
realidade desejam os militares (e os demais profissionais de segurança pública)
é mais atenção e reconhecimento traduzidos em salários e condições de trabalho
digno e compatível com a sua atividade. Só isso.
Outra
pergunta: Quais os motivos dos governos não dialogarem antes no sentido de
evitar a eclosão dos movimentos?
Espero com a
presente postagem levar os leitores à reflexão para que procurem entender as
razões que levam os militares e demais profissionais de segurança pública
quando, já no desespero, realizam movimentos reivindicatórios pacíficos, mas
ostensivos e veementes.
Para
finalizar, esperamos que os Governadores, Chefes de última instância, das
Instituições Militares Estaduais e do DF reavaliem suas posições mantendo
canais de diálogo permanente evitan, como já dito, conflitos que prejudiquem a
todos, em especial a sociedade brasileira.
Um abraço a
todos
MARLON JORGE
TEZA
parabens Marlon, mais uma vez uma opinião lúcida, pois os verdadeiros culpados são os governos: primeiro o Federal e depois os estaduais que não atendem as reais necessidades dos profissionais de segurança pública.
ResponderExcluirCOM CERTEZA CEL MARLON SE NOSSOS GESTORES FALHAM E USAM APENAS DE REPRESÁLIAS PARA CONTER NOSSOS POLICIAIS, INFELIZMENTE O FIM É ESSE.. O PIOR É QUE OS POLICIAIS QUE SE DISPÕEM A PARTICIPAR DE TAL REIVINDICAÇÃO PASSARÃO BOA PARTE DE SUAS CARREIRAS COM A MÁCULA DA INDISCIPLINA E INSUBORDINAÇÃO QUIÇA NÃO PERCA SEU EMPREGO...
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