Todos
temos acompanhado pela mídia as mais variadas manifestações sobre a segurança
pública brasileira, pois o tema é de suma importância na medida que a ocorrência
de casos de crimes e desordens atingem cotidianamente as pessoas que vivem em
sociedade. Aí, como já mencionado em outras postagens neste blog, aparecem os
mais variados críticos, dentre os quais os “milagrosos” “especialistas”, os quais
invariavelmente nas suas simplórias soluções acabam pregando, dentre outras
alternativas, a desmilitarização e a extinção da Polícia Militar. Desejam
retirar a investidura e a organização militar dessa instituição como se isso fosse
a solução final e única, vendendo aos menos informados a ideia de que ser
militar é uma espécie de doença etc, etc, etc.
Já
foi comentado anteriormente neste blog em várias oportunidades, sobre a
desconstrução desta máxima com argumentos e não com o “achismo” tradicional proclamado
por aqueles que pouco ou nada conhecem do tema.
Sem entrar novamente nos
detalhes sobre uma organização policial ser organizada militarmente e seus
integrantes possuírem investidura militar gostaria de, mesmo que rapidamente, tecer
alguns comentários sobre situações atuais onde a sociedade através de seus
governos confirmam a necessidade da existência de instituições policiais com
organização e investidura militar.
Pois
bem, recentemente aflorou o problema no sistema penitenciário maranhense
amplamente divulgado pela mídia nacional. Sem entrar na motivação da crise
instalada e da ocorrência dos fatos, quero ressaltar que devido ao caos total
que se encontrava o referido sistema naquele Estado, fica a pergunta: quem foi
chamado para resolver o problema e colocar ordem na situação local evitando
crimes e desordem praticados por presos violentos e organizados para a realização
de mais e mais delitos inclusive ordenando que membros de facções em liberdade
aterrorizase a população? A resposta é:
a Polícia Militar que, através de sua tropa especializada, assumiu a segurança
total e a direção do complexo penitenciário através de um Oficial Superior nomeado
formalmente para tal fim.
Isso
é mais uma prova que a organização militar de uma instituição militar policial
é necessária sempre para restabelecer a ordem nas várias situações onde a
sociedade está a mercê de desordeiros de toda a ordem.
Alguns
leitores desavisados e pouco informados até podem mencionar que a “tal” de “Força
Nacional” que também encontra-se por lá (Maranhão) e está colaborado etc, etc, etc.
Pois bem sem entrar no mérito da legalidade ou ilegalidade dessa força atuando
como polícia nos Estados o que é questionável (tema para outra postagem), deve
ser dito que seus componente são militares dos estados, ou seja, integrantes das
Polícias Militares e/ou Bombeiros Militares. Aí pode ser militar, ninguém questiona.
É um grande contra senso, e muitos que defendem a “tal” de Força Nacional criticam e querem
desmilitarizar e/ou extinguir a Policia Militar, dá para entender isso?
Outro
fato que merece também ser mencionado, pois evidencia o que estamos tratando, é
a notícia da última semana Publicada no portal G1 com o seguinte título: “Polícia Militar vai administrar dez
escolas públicas do estado de Goiás” – Link: http://m.g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2014/01/policia-militar-vai-administrar-dez-escolas-publicas-do-estado-de-goias.html
Diz
a matéria publicada no dia 17/01/2014 por Fred Ferreira de Brasília-DF:
A
Secretaria de Educação de Goiás decidiu colocar a Polícia Militar para
administrar dez escolas públicas, como forma de combater a violência na sala de
aula. Os pais dos alunos terão de pagar por isso.
A
reforma é geral no Colégio Fernando Pessoa, na cidade Goiana de Valparaíso, a
40 quilometros de Brasília. A partir da próxima semana, a escola será
administrada pela Polícia Militar de Goiás.
O
diretor será um policial com formação em pedagogia. PMs darão aulas de Educação
Física e exigir disciplina dos mais de 200 alunos. As demais matérias
continuarão a ser dadas por professores da rede estadual. Valparaíso tem altos
índices de violência e os alunos já presenciaram até assassinato em sala de
aula.
Em
nota, a Secretaria de Educação de Goiás diz que a criação dos colégios é uma
medida de segurança preventiva da mais alta eficácia.
Alguns
pais apoiam a mudança, como a secretária Rosana Godoy. “Eu estou trazendo meu
filho pra cá porque estou apostando no ensino, na segurança, pela disciplina
que tem”.
Os
alunos vão ter de usar quatro uniformes diferentes e sapatos específicos. Todos
são comprados fora da escola e os pais já fizeram as contas. Para vestirem os
filhos, vão ter de desembolsar entre R$ 500 e R$ 600. Valor que não cabe no
orçamento de algumas famílias.
Os
pais também vão ter de pagar R$ 100 de matrícula, R$ 50 de mensalidade e
comprar dois livros, que custam R$ 300. Na prática, a escola, antes gratuita,
passará a custar pelo menos R$ 1.500 por ano.
Desempregado,
o pai de uma das alunas diz que vai tirar a filha da escola. “Eu não tenho
condições. Como fica para alguém sem emprego?”.
A
Secretaria de Educação de Goiás garante que quem não puder pagar terá vaga
garantida em outra escola pública e de graça.
Então
fica a indagação: Se a Polícia Militar é tão ruim ao ponto de alguns “especialistas”
e políticos proporem insistentemente sua extinção, quais os motivos dos
governantes, com o apoio da sociedade, confiarem a ela, como última instância, o
gerenciamento de crises tanto na segurança pública como em outas áreas?
Fica
uma pergunta: “será que a sociedade
sobrevive sem a Polícia Militar e conhece realmente do tema para posicionar-se?”
Atrevo-me
ainda a lançar outra pergunta: “a quem
interessa extinguir a Polícia Militar e quais seus reais motivos?”
Chamo
todos a reflexão antes de emitir opiniões simplistas e apaixonadas desprovidas
de conhecimento.
Um
abraço a todos
MARLON JORGE TEZA
Senhor Coronel, boa tarde. É como o senhor diz no início de suas falas "são tantas pessoas dizendo-se especialistas em segurança pública" que o tema se prostituiu. Sem policial militar é isso tudo que observamos nas manifestações em rebeliões em reintegrações de terras e outros deveres que a nós militares somos obrigados a cumprir. O que mais nos incomoda é que todas as filmagens apresentadas nos canais televisivos só mostra o momento em que os policiais estão executando seu oficio. Se observar nunca mostra o momento anterior ou aquele que deu causa a ação policial.
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