Como todos os leitores deste blog sabem sou Policial Militar no posto de Coronel PM, hoje na reserva remunerada, mas pertencente aos quadros da reserva remunerada da Polícia Militar como define a Constituição Federal (art. 42 combinado com 142 § 2° e 3°), o estatuto dos Militares Estaduais e a Lei de Organização Básica da PM.
Diante disso, ao longo do tempo (mais de 35 anos) tenho lido, ouvido e assistido a mídia quase sempre dizer e enfatizar: “um dos envolvidos é EX-PM” pretendendo, muitas vezes, deixar subentendido uma severa crítica à própria instituição Policial Militar.
Ainda nesta semana houve, no Rio de Janeiro, a prisão de um procurado e perigoso traficante por parte de policiais militares, sendo constatado que três policiais (policiais civis mencionados somente como policiais) e mais dois “PMs”, sendo um “EX-PM” e outro PM reformado que estariam escoltando a fuga do bandido. Ora porque mencionar o tal “EX-PM” como PM, não estaria aí presente a mensagem subliminar de que a instituição é composta na maioria por maus policiais militares. Isso tem que mudar.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/expm-preso-por-ajudar-na-fuga-de-bandidos-atuava-no-trafico-havia-5-anos/n1597363961911.html
Ainda sobre o “título” de “EX-PM”, os leitores desta postagem devem levar em conta de que se é “EX” é porque não mais pertence a instituição militar estadual, e ainda, geralmente por ter sido “expulso” dela por conduta incompatível com a profissão.
O “EX–PM” deveria, então soar como um elogio institucional, pois a instituição policial militar providenciou para que ele se tornasse em um “EX”, como ocorre, aliás, a todas as instituições policiais do mundo, sejam elas de investidura militar ou não.
A mensagem que fica é de que quando ouvimos, assistimos ou lemos (aquilo que a mídia produz), mesmo que estejam ali contidas mensagens subliminares maldosas e depreciativas, mencionando os “EX-PMs”, devemos ter o cuidado e atenção necessária para não confundir estes “EX” dos Policiais Militares reais e em atividade que, muitas vezes sem as condições de trabalho ideais, diuturnamente labutam em prol da sociedade.
Se é “EX” é porque não é mais, já foi e por algum motivo foi institucionalmente “extirpado” da Polícia Militar.
Um fraterno abraço a todos, por hoje é só.
Só mais uma coisinha, antes de criticar esta postagem pense, reflita, pois isso serve para manter o nível do debate.
MARLON JORGE TEZA
Gostei muito deste texto. Posso replica-lo no meu blog? Claro, citando sua autoria.
ResponderExcluirhttp://blog.kombato.org
Prezado "OMESTRE"
ResponderExcluirSem problema quanto a publicação.
Atenciosamente
MARLON JORGE TEZA
Coronel PM
Prezado Cel Marlon
ResponderExcluirComo houve sua autorização para postagem do seu artigo em outro blog, tomei a liberdade de fazer o mesmo pondo na íntegra sua crítica mais que procedente ao comportamento da mídia do RJ, que sempre e maliciosamente ataca a PMERJ. No meu modo de ver, e de reiteradamente dizer em diversos artigos meus, isto faz parte de uma conspiração contra a PMERJ e quiçá contra todas as PPMM Brasil afora. Não ocorre por acaso a formulação dessa pecha de "EX-PM", e nós precisamos reagir a ela com todas as armas possíveis, especialmente a contrapropaganda, pois isto é tentativa de destruição das PPMM usando propaganda negativa como arma. Há hoje, inclusive, no G1 (PORTAL DA GLOBO) uma declaração de Senador da República, do PT, afirmando ser o ato do tenente da PMERJ que não aceitou suborno do traficante NEM uma "exceção à regra". Por favor, vamos responder a esse congressista adepto de um governo, - que não sai das páginas acusado de corrupção, - que a regra de corrupção, - e sem exceção, - é lá onde ele está e nos meandros dos ministérios que ele apóia incondicionalmente. Parabéns pela inspiração!
Emir Larangeira
CEL PM RR da PMERJ
Coronel Emir Larangeira
ResponderExcluirÉ isso mesmo temos reagir mostrando a sociedade a verdade das coisas.
Sempre que achar necessário pode replicar meus singelos textos.
Respeitosamente
MARLON JORGE TEZA
Cel PM