O
Jornal O GLOBO do Rio de Janeiro publicou artigo denominado “INTELIGÊNCIA E
INTEGRAÇÃO CONTRA O CRIME ORGANIZADO” do intitulado Cientista político,
professor da USP – Universidade de São Paulo e colaborador do Centro de
Liderança Pública, Leandro Piquet Carneiro falando sobre a importância de
operações planejadas.
(Leia mais: https://oglobo.globo.com/rio/artigo-inteligencia-integracao-contra-crime-organizado-21675398
)
Como
pode ser comprovado, alega o articulista de forma resumida que agora há
integração com Inteligência pois “todos”: Forças Armadas, Polícia Rodoviária
Federal, Força Nacional e as polícias Civil e Militar e por isso funcionou uma
determinada operação que envolve roubos de cargas.
Também
fala em “recuperar” as forças públicas estaduais, notadamente a Polícia Militar,
dizendo que suas “pontas” (a base) que estão “corrompidas”, necessitam
depuração dos “elementos corruptos” e que “demonstram inaceitável ineficiência”.
Diz
o mesmo, ao final, que a atuação das “forças federais” deverá deixar um legado
para “reconstrução das forças policiais estaduais”.
Diante
disso me atrevo a transcorrer abaixo sobre o referido e indigesto (pelo menos
para mim) artigo.
Pois
bem, mais uma vez o tempo dirá quem tem razão.
Com
certeza a razão não está com esse e demais articulistas que não percebem o
momento nem a realidade.
O
Rio de Janeiro está como está não por culpa das forças policiais,
muito menos da Polícia Militar que foi particularmente mencionada e
menosprezada e atacada de maneira veemente pelo já citado professor da USP.
Tudo
é produto do meio, o governo, as autoridades, a mídia e setores do judiciário,
Ministério Público e da própria sociedade, ou seja, tudo é consequência desse
meio caótico que foi se instalando ao longo do tempo por múltiplos fatores
extremamente complexos.
Isso
não se resolve com o "estalar dos dedos", somente com muita
persistência, apoio total e reconhecimento às polícias estaduais, educação maciça
do povo, e funcionamento do Judiciário e Ministério Público se encaminhará uma
solução, não sejamos ingênuos.
Portanto
só assim haverá esperança de uma mudança no médio e longo prazo. Jamais esperem
algo no curto prazo, isso é algo impossível. Aliás basta analisar o que ocorreu,
e está ocorrendo, com as tais UPP – Unidade de Polícia Pacificadora criadas
como a resolução imediata de todos os problemas, onde a Polícia Militar foi “jogada”
literalmente no interior de comunidades violentas e desestruturadas sem o apoio
necessário e a presença das demais instâncias estatais para que a estratégia
pudesse prosperar. O resultado está aí, como disse: caos quase total.
Num
passado não muito distante também se ouvia muito essa "conversa"
de "legado" da Copa do Mundo e principalmente das olimpíadas do
Rio, onde a "integração" e atuação das policiais federais e das Forças
Armadas, exatamente como ocorre agora resolveria tudo. A pergunta necessária que
se faz: cadê o tal "legado".
Tudo
piorou, isso sim, ou alguém se atreve a contrariar tal afirmação?
Se
os tais eventos serviram para alguma coisa foi descortinar a corrupção e a
incompetência dos administradores públicos os quais, além de tudo, jogaram a
própria sorte seus administrados cariocas, incluindo os funcionários públicos e
toda a sociedade, principalmente a sua Polícia.
Triste
realidade. E mais lamentável é verificar a grande mídia publicar artigos sobre
o tema com informações truncadas e com falta de informações básicas, tentando assim
criar verdades onde ela não existe.
Pior
e mais triste ainda, é que passado a espetaculização e a pirotecnia inicial da
presença de forças federais na segurança pública (sem entrar no mérito da
legalidade e da oportunidade) tudo sobrará para a brava Polícia Militar que
continuará, infelizmente, tingindo de vermelho com o sangue dos seus o solo do
Rio de Janeiro, dando suas vidas anonimamente à sociedade sem o reconhecimento
daqueles que deveriam fazê-lo todos os dias através de condições de trabalho e
salários dignos e adequados.
Poderes
legalmente constituídos, grande mídia e a sociedade, reflitam e construam e
encaminhem soluções práticas antes de criticar por criticar.
MARLON JORGE TEZA
Obrigado caro Marlon. Não li o malfadado, desinformado e covarde artigo, ainda. Mas , de ante mão, informo que ouvido um conselheiro de nossa bicentenária PMERJ, para trazer essas "pessoas" à luz, " SÓ COÇA!!!!!".
ResponderExcluirNão é possível admitir que policiais militares continuem morrendo diariamente no Rio de Janeiro em consequência da impunidade, da falta de apoio da mídia, da conivência de parte da população e dos poderes constituídos com o crime organizado. Falta coragem e consciência. A morte de cada policial militar em serviço no RJ é motivo suficiente para decretação de luto nacional, como ocorre em qualquer país civilizado, que respeita e reconhece os heróis que morrem na garantia da segurança pública, condição necessária para o exercício dos direitos humanos ou fundamentais.
ResponderExcluirA morte de policiais militares no Rio de Janeiro é também consequência da impunidade, da conivência e promoção do crime organizado pela mídia e pelo poder público constituído, dos fatores de risco para o crime e a violência que não recebem o tratamento adequado, da falta de sensibilidade de parte da população brasileira que já não possui mais sequer a capacidade de se indignar diante de tantas mortes absolutamente inaceitáveis. Devemos exigir que as autoridades estaduais e nacionais decretem luto estadual e nacional, cada vez que um policial militar morre na promoção da segurança pública, condição absolutamente necessária para o exercício dos direitos humanos ou fundamentais.
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