Tema controverso é o associativismo de militares. No passado não muito distante tratava-se de um verdadeiro tabu, pois as entidades que reuniam militares destinavam-se tão somente ao lazer.
Marlon Jorge Teza
domingo, 4 de dezembro de 2022
IMPORTÂNCIA E LIMITES DO ASSOCIATIVISMO MILITAR
domingo, 29 de novembro de 2020
IMPEACHMENT DE MOISÉS: JUSTIÇA FEITA, VERDADE RESTABELECIDA.
Referente
ao primeiro impeachment do Governador Moisés, como fiz assim que iniciou o
mesmo na esfera do Legislativo Catarinense, farei agora algumas considerações.
Justiça
foi feita!
Se
havia algum plano de tomar o Governo de Santa Catarina por uma “chicane” fora
das urnas não deu certo.
Bastou
ser instalado o Tribunal Especial composto por cinco Deputados e cinco
Desembargadores presidido pelo presidente do Tribunal de Justiça Catarinense
que o cenário mudou.
Já
quando da votação pelo referido Tribunal pelo prosseguimento do processo e
consequente afastamento temporário de Moisés, viu-se que a situação já era
outra, ocasião em que quatro dos desembargadores manifestaram-se com extensos e
sustentados votos que sequer havia argumentos para o seu prosseguimento, no
entanto, um dos desembargadores decidiu que não estava convencido e gostaria de
se manifestar somente após esta segunda fase, o que resultou no afastamento
temporário do Governador.
Necessário
mencionar que neste meio tempo o Grupo de Câmara de Direito Público do TJSC
julgou ser procedente a equiparação salarial entre Procuradores da Assembleia
Legislativa e os Procuradores do Estado, a gênese de todo esse imbróglio,
deixando ainda mais claro que o Governador não havia cometido crime de
responsabilidade e que havia obedecido o rito legal para decidir como decidiu.
Na
reunião do Tribunal Especial ocorrida na manhã do último dia 27 de novembro, os
quatro desembargadores que já haviam votado contra o seguimento do processo no
final do mês de outubro, somados a mais dois Deputados que alteraram seus votos
face aos fatos ocorridos durante o período, votaram contra o impeachment do
Governador Moisés, somado a abstenção de mais um dos parlamentares do Tribunal
Especial confirmou a absolvição de Moisés fazendo-o retornar ao Governo.
É
verdade que há outro processo de impeachment em andamento, aquele referente à “aquisição
de respiradores”, porém parece inclusive, ter perdido o objeto após a Polícia
Federal na conclusão da apuração decidir que não há qualquer indício de
participação do Governador em crime na referida aquisição e que a mesma
investigação retorne ao Estado objetivando apurar outras participações, porém excluindo
o Governador Moisés por não ter qualquer culpa.
Então
restou vitoriosa e triunfante a verdade, sendo sepultado qualquer plano, se
existia, de tomar o poder, como dito, através de abominável “chicane”.
Agora,
como eu já havia mencionado no mês de agosto passado, quando tudo se iniciou, o
Governador Moisés pode “tocar” sua administração com a costumeira tecnicidade,
saneando e modificando aquilo que for necessário, e que os eleitores nas urnas
em 2022 façam, se for o caso, as mudanças.
Em outubro de 2022 será a oportunidade daqueles contrários a
este Governo de se candidatarem e
tentarem, pela via correta, Governar o Estado.
Justiça
feita, verdade restabelecida.
MARLON
JORGE TEZA
Coronel PMSC
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
REFLEXÕES SOBRE O IMPEACHMENT DO GOVERNADOR MOISÉS - ESTADO DE SANTA CATARINA
Vale
refletir: O que está por trás do impeachment do Governador catarinense?
Sem
entrar no mérito se a gestão do Governo é boa ou ruim, fica transparente que
vários dos "velhos" detentores do poder em SC (não todos evidente) e
suas estruturas politicas jamais aceitaram ter um cidadão comum e militar chefiando
o Executivo catarinense.
A
ordem é lançar mão de tudo para removê-lo já, evitando até que possa ocorrer no
futuro uma eleição de alguém fora do grupo tradicional de poder.
O
alvo é todo aquele que desejar governar de uma forma diferente da tradicional.
Aliás, todos lembram que foi esse o tom de campanha de Moisés.
É
verdade, que a eleição de Bolsonaro impulsionou enormemente sua campanha de
fazer diferente rendendo uma eleição com 71,9% dos votos. Também é verdade que
houve posteriormente afastamento do Presidente, no entanto, este “fazer
diferente” é que está assustando a velha forma de fazer política no solo
barriga-verde.
Parece-me que a gestão de Moisés está dentro
daquilo que todos esperavam, pois mesmo enfrentando séria crise sanitária
decorrente da pandemia/covid-19, os salários e as contas públicas estão em dia o mesmo
ocorrendo em relação as obras e os serviços públicos que encontram-se em pleno andamento.
Mesmo
isso ocorrendo tal grupo jamais se conformou em perder o poder para um cidadão “comum”
e ainda mais um militar estadual.
Há
que ser mencionado que é possível ter faltado mais desenvoltura política junto
ao parlamento e aos grupos políticos sérios do Estado conforme exige uma
democracia consolidada, no entanto, nada que não possa ser ajustado com divisão
política aceitável de poder sem o velho troca-troca ou ilegalidades.
O
cidadão de bem, após a devida reflexão por certo não calará, pois o silencio significaria
a concordância com o todo este processo. Não se trata em apoiar uma pessoa, é
sim buscar a verdade.
Contudo,
como os Deputados Estaduais, Juízes políticos deste processo de impeachment, na
sua esmagadora maioria são sérios e comprometidos com a verdade e governabilidade
neste período de extrema dificuldade que o mundo atravessa, fica a convicção de
que saberão julgar pela improcedência do impeachment.
Que
aqueles que não concordam com a forma diferente de governar, realize a mudança nas
eleições de 2022, elegendo alguém alinhado com seu eleitorado, porém de maneira
democrática como deve ser e sem abomináveis atalhos.
Há
que refletir antes de condenar: Moisés está sendo julgado pelos seus erros ou
acertos?
MARLON JORGE
TEZA
Coronel PMSC